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16 de dezembro de 2013

Resenha: Peça-me O Que Quiser - Megan Maxwell


SINOPSE

Primeiro volume de uma trilogia, Peça-me o que quiser, da escritora espanhola Megan Maxwell, é um romance sobre desejo, paixão e erotismo sem limites. Lançada na Espanha em novembro de 2012, a trilogia é um sucesso de vendas no país, aparecendo em todas as listas de mais vendidos. Com tempero latino e uma abordagem excitante, a autora conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. Recém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Eric tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Judith e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situação arriscada, a ideia de estar ao lado de Iceman é irresistível. Com ele, a jovem viverá experiências sexuais até então inimagináveis, em um universo de fantasias eróticas pouco convencionais. Conciliando sexo e romantismo na medida exata, Peça-me o que quiser é uma história de amor cheia de encontros e desencontros, na qual os jogos eróticos, o voyeurismo e o desejo de ultrapassar todos os limites do prazer são os grandes protagonistas.

Peça-me O Que Quiser é o primeiro livro da trilogia que leva o mesmo nome. Eu nunca tinha lido nenhum livro da Megan, mas gostei. Gostei da escrita dela, e também gostei do livro. Mais ou menos.

Não faz muito tempo que comecei a ler livros eróticos. Mas desde que comecei a ler esse gênero eu gostei. As três histórias que eu li falavam de pessoas que mudavam pelo amor, e pode parecer clichê, mas eu amo esse tipo de história. Acredito realmente nisso, ou pelo menos quero acreditar.

Pois bem. Estava procurando uns livros para ler e acabei por encontrar Peça-me O Que Quiser. Eu gostei da sinopse e decidi ler. 

Judith Flores é uma secretária da Empresa Müller, é jovem, espontânea, alegre, cheia de vida, engraçada e leal a família e aos amigos. Logo de cara eu já gostei dela. O meu "santo bateu com o da moça". Presa no elevador com algumas pessoas, incluindo o Eric (sempre eles.. o que tem os elevadores? haha nunca conheci nenhum gato dentro de um). Com o seu jeito doidinho e desinibido, ela chama a atenção do Iceman (apelido carinho de Eric), que está na Espanha porque terá que assumir o controle da empresa, depois da morte de seu pai. E logo de cara ele se sente atraído por ela.

Entre encontros e desencontros, ele propõe a Jud a desvendar novos prazeres, com orgias, swings e voyeurismo. Como terá que viajar a Espanha para conhecer as sucursais, ele convida Judith a ser sua secretária. Nessa viajem ela se envolve cada vez mais com Iceman, e ele também fica cada vez mais atraído por Jud, e por esse mundo dela, divertido.

Mas e aí Morena, gostou ou não gostou ?

Agora que terminei de ler o livro fique sem saber se gostei ou não. Gostei muito de Judith, ela é muito engraçada e eu dava muitas risadas com ela. A espontaneidade dela é uma coisa que encanta. Mas tem momentos que ela se humilha demais, é uma falta de amor próprio que irrita. Teve momentos que tive vontade de jogar o livro longe. Nunca na minha vida que deixaria um homem me tratar do jeito que Eric à tratou em alguns momentos. Mas o que mais gostei nela é que ela não fica tentando arrumar desculpas para justificar os seus atos, ela faz por que quer e por que tem vontade.

Gostei dos personagens em geral. Gostei daquela história dos dois. Esses casaizinhos que são opostos uns aos outros, que quando um diz branco o outro diz preto, que quando um diz noite o outro diz dia, é uma coisa que me agrada, me diverte. Mas acho que a Judith brigava com ele, armava o barraco, mas depois perdoava tão fácil. Não tinha aquela emoção dele correndo atrás dela. 

O tema principal do livro que é algo que me deixou tão "sei lá". Eu gostava muito quando os dois ficavam juntos, o sexo dos dois. Mas essa coisa de querer oferecer a parceira, o swing, o sexo grupal não é algo que me agrada. Quando estou lendo um livro me imagino ali naquela história, vivendo aquilo. E não me imaginaria fazendo esse tipo de coisa. Não que eu seja uma puritana e preconceituosa. É por que realmente não é algo que me agrada. Mas não descrimino nunca quem gosta. 

É por que não entra nessa minha cabeça você querer viver a vida fazendo isso em qualquer lugar, com qualquer pessoa e a qualquer hora. Parece que todo mundo que cerca a vida do Eric, que todo mundo que ele conhece faz isso. Lendo o livro pensei "Será que o Eric não conhece ninguém que leva uma vida normalmente? Não tem amigos que ele já não tenha transando com a mulher do cara?". Quando o Eric apresentou a mãe dele à Judith, logo pensei que ele já iria propor um sexo à três com a mulher haha.

E eu acredito que muitas pessoas sentem muito prazer no sexo com várias pessoas, voyeurismo, trocas de casais e etc, mas eu não consigo imaginar isso com uma pessoa que eu ame, que eu quero levar pra minha vida, pra conhecer minha família, a minha casa, que eu queira viver uma vida juntos, e casar. Isso é algo que não me desce. Um casal amigo de Eric mesmo, tem filho e faz isso dentro da própria casa onde cria a criança. Não acho isso correto.

Teve momentos do livro que me deixou até enojada, como numa festa em que Eric leva Judith, no qual as pessoas estão ali para sexo mesmo, e fazem tudo uns na frente dos outros. Chega a ser putaria. Tem uma grande sala onde todos transam com os outros olhando, chega quem quiser chegar. Até pensei que Jud não iria gostar, por que ela não era tão aberta assim ao sexo, mas a safadinha gostou.

É isso então. É que quando peguei o livro achei que encontraria mais romance. Eric sempre deixou muito claro que seria só sexo, e era assim nos outros livros eróticos que li também, a diferença é que mesmo sendo só sexo, nos outros livros que li, o personagem abria mão das outras mulheres. E nesse não. Eric "brincava" com outras mulheres enquanto estava com Judith, até mesmo quando ela estava no mesmo lugar que ele, como no quarto ao lado do hotel, ou quando ele pediu à ela pra ir no banco da frente com o motorista para ele ter mais intimidade com outra na parte de trás da limusine. Era humilhante. Me deu vontade de pegar no braço de Judith e falar: " Judith, mulher, te valoriza!".

Outra coisa que também me irritou, mas depois até foi interessante para a história, foi quando ela fez a tatuagem. Na hora fiquei com tanto raiva, por que ela era uma mulher tão independente, tão autossuficiente, e depois aparece fazendo tatuagem pra ex. No momento que ela fez não gostei. Mas depois ficou legal no decorrer da história. 

Gostei muito da autora, o fato dela ter deixado outras pessoas brilharem na história. Você pode conhecer mais dos outros personagens. Como a irmã dela, o pai, e o casal Andrés e Frida. Aah e não falei de Eric! Eric é um homem muito bonito, alemão, frio e enigmático, sedutor. Mas confesso que não encontrei nele aquilo que encontrei em Christian Grey e Gideon Cross.

Agora olhando por um lado, eu até gostei do livro. Indico muito para quem realmente gosta do gênero. A autora é muito boa. A parte que não gostei, é por que talvez eu realmente não goste de troca de casais e etc. Mas a leitura é boa, envolvente. Quando comecei a ler não conseguia mais parar. O 2º livro da série já foi lançado, e o 3º será lançado em janeiro de 2014. 

Mas não sei se vou continuar a ler a trilogia. Acho que ainda não estou preparada. Quem sabe um dia...



PS: As músicas citadas no livro são muito boas. 

PPS: Tenho visto muitas pessoas escreverem que quem gosta de ler, como que tem a coragem de classificar isso como um livro, como tem coragem de ler esse livro e gostar. Gente é o seguinte. Cada pessoa é livre pra ler e gostar do que quiser. Se você não gostou pode existir muitas pessoas que gostem. Isso é até falta de respeito com o autor. E aliás, quem é quem pra julgar o gosto de alguém? CADA UM GOSTA E LER O QUE QUER.


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